Por: Charlles Myller S. Machado
Os seres invertebrados estão
sempre presentes no cotidiano dos alunos, um exemplo são os parasitas vetores
de doenças de importância médica, demonstrando que o ensino deste grupo é
extremamente importante na escola, mas além de ser extenso e denso é complexo e
isso dificulta a absorção do conteúdo pelos alunos apenas por aulas
expositivas. Esse método acaba sendo ineficiente quando se diz respeito à
contextualização do assunto.
Como forma de complemento para
tais entendimentos, jogos didáticos são criados a fim de facilitar e elucidar o
conteúdo, de forma que o mesmo se torne mais acessível do ponto de vista
intelectual, despertando o interesse, aumentando o relacionamento professor-aluno
e auxiliando na compreensão do conteúdo, que nesse caso é o grupo dos
Invertebrados. E você pode me perguntar: E o que é um jogo didático? Respondo-te
agora, jogos didáticos são atividades
livres lúdicas, capazes de prender a atenção do participante ao tema, trazendo
benefícios como fixação de conceitos, estratégias de resolução, trabalho em
equipe e dentre vários outros.
Observando esses benefícios, os
pesquisadores do Centro Universitário do Norte (UNINORTE) fizeram um trabalho
com alunos do terceiro ano do Ensino Médio em 2014, visando avaliar seu
aprendizado sobre o conteúdo Invertebrado através de uma atividade lúdica,
querendo demonstrar através do jogo, novos métodos de aprendizagem. Eles
elaboraram 40 cartas para o jogo contendo a morfologia, fisiologia,
características dos filos e outras curiosidades dos invertebrados, sendo
utilizados 8 principais filos de
Invertebrados: Poríferos, Cnidários, Platelmintos, Anelídeos, Artrópodes,
Moluscos, Equinodermos e Cordados.
Figura 1.
Figura 1.
Figura 1: Cartas do
Jogo Invertebrado utilizadas pelos pesquisadores (Fonte: ROCHA & CASTRO,
2014)
Seus resultados encontrados foram
os esperados, os alunos demonstraram uma boa absorção do assunto e isso foi
verificado através de perguntas feitas depois do jogo didático, que continham
mais respostas certas do que perguntas que foram efetuadas antes da execução do
jogo. Além disso, os próprios alunos expuseram que o jogo os ajudou a revisarem
o assunto e até aprenderam conceitos novos. O dinamismo do jogo ainda estimulou
o raciocínio mais rápido dos alunos e a formação de relações entre diferentes
grupos estudados.
Esse trabalho mostra que o jogo
didático não serve como forma substitutiva das aulas expositivas, mas sim, como
maneira de complementar o conteúdo e facilitar o entendimento do mesmo. Como
dito pelo autor: “Aprender brincando não é a única forma de aprendizado, talvez
nem seja a mais eficiente, mas pode ser uma das mais prazerosas tanto para o
educando quanto para o educador”.