sexta-feira, 28 de julho de 2017

VOCÊ SABIA?


Já pensou em passar a vida inteira dentro dos oceanos?
Os únicos mamíferos que passam a vida inteira nas águas são as baleias, os golfinhos e os peixes-bois. Eles apresentam uma camada espessa de gordura (que os protege das águas com baixas temperaturas), e a maioria deles é de animais carnívoros, menos o peixe-boi (ele se alimenta dos vegetais que crescem nas águas quentes e rasas dos litorais).

Essas informações podem ser encontradas de forma mais detalhada no livro “OCEANOS: um mundo extraordinário visto de perto”.
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quarta-feira, 26 de julho de 2017

Nascida para matar: vespa-do-mar é o ser vivo mais letal que se conhece

POR EL PAÍS

Toque desse animal produz dor súbita tão intensa que pode fazer com que a vítima se afogue

As cubomedusas ou cubozoários estão entre os seres marinhos mais perigosos. GETTY IMAGES

De outubro a maio, ninguém se atreve a dar um mergulho nas praias de Queensland, no nordeste da Austrália. E não é porque o mar esteja frio demais, e sim porque as cubomedusas (Chironex fleckeri), também conhecidas como vespas-do-mar, se aproximam da costa para sua reprodução.
Uma vespa-do-mar australiana (‘Chironex fleckeri’) nas águas do norte de Queensland, na Austrália.  GETTY IMAGES

Apesar do seu aspecto inofensivo – o escritor e jornalista Bill Bryson a descreve como “uma mancha transparente em forma de cubo” –, essa criatura, que tem entre 10 e 20 centímetros de comprimento, é o ser vivo mais letal da Terra. Seus tentáculos, com cerca de um metro, têm milhares de cnidoblastos, células urticantes com um filamento em forma de arpão (nematocisto) que, ao serem disparadas, injetam um potente veneno que é tóxico para os nervos, o coração e as células dos outros animais, “uma carga mortífera que liquidaria o equivalente a um cômodo cheio de gente”, segundo Bryson. O mais leve toque produz uma dor súbita e indescritível, tão intensa que pode causar um choque e fazer com que a vítima se afogue, caso não morra antes de parada respiratória ou colapso cardiovascular.
Aviso da presença de cubomedusas (“marine stingers”) numa praia do norte da Austrália. GETTY IMAGES

Guloseimas mortíferas

Chironex fleckeri é muito abundante na costa nordeste da Austrália, onde compartilha território com sua prima, a diminuta irukandji (Carukia barnesi), medusa responsável por uma misteriosa doença chamada síndrome de Irukandji, detectada pela primeira vez em 1922 numa comunidade aborígene da costa de Cairns, no nordeste da Austrália. As vítimas, depois de terem estado em contato com a água, sofriam fortes dores, cãibras nos braços e pernas, taquicardia, náuseas, agitação, sudorese, hipertensão e uma desagradável sensação de morte iminente.
As cubomedusas frequentam as costas da Austrália e outras ilhas do Pacífico. GETTY IMAGES
Jack Barnes, médico e ex-comandante do exército australiano que há vários anos estava investigando casos de envenenamento por animais marinhos, foi o primeiro a suspeitar a relação entre aqueles misteriosos sintomas e algum tipo de celenterado (cnidários). Em dezembro de 1961, conseguiu identificar a invisível e esquiva criatura, uma diminuta medusa cofre de pouco mais de dez milímetros, transparente e armada com quatro longos e finos tentáculos.
A pequena irukandji (‘Carukia barnesi’), pequena medusa responsável por uma doença misteriosa.GETTY IMAGES
Para que seu nome seja colocado em uma nova espécie (Carukia barnesi), pode ser necessário fazer um sacrifício. Em um louvável exemplo de empirismo e irresponsabilidade, Barnes se expôs à carícia da medusinha, ao lado de seu filho de nove anos e de um forte monitor de surfe. Em seguida, os três rumaram para o hospital de Cairns, depois de terem resolvido o mistério médico. Em 2002, um turista norte americano de quarenta e quatro anos teve de ser atendido na emergência do mesmo hospital da queimadura de uma dessas medusas; morreu pouco depois de hemorragia cerebral.
A caravela-portuguesa percorre grandes distâncias ao ser impulsionada pelo vento. GETTY IMAGES
Cuidado em este barco!
caravela-portuguesa (Physalia physalis), também conhecida como falsa medusa, é na realidade um zooide sifonóforo polimorfo, ou seja, uma colônia de animais da mesma espécie com diferentes formas e funções que se comporta como um único indivíduo: como um grupo de amigos que saem para viajar rachando as despesas. Este ser viscoso percorre grandes distâncias impulsionado pelo vento graças a seu pneumatóforo, uma espécie de flutuador que uns quinze centímetros que serve de vela e do qual pendem longos tentáculos muito venenosos, com os quais provoca graves e dolorosas queimaduras, quase tão perigosas quando as das vespas-do-mar. Costumam ser encontradas em mar aberto em todas as águas cálidas do planeta, especialmente nas regiões tropicais e subtropicais dos oceanos Pacífico e Índico, assim como na corrente do Golfo atlântica. Às vezes consegue chegar às costas espanholas.

domingo, 23 de julho de 2017

Baleias podem ser vistas no litoral de SE até dezembro

POR INFONET

Vídeo foi filmado de uma plataforma da Petrobras pelos servidores Pedro Lima e Reuto Sandes (Foto: Reprodução)


As baleias jubartes estão no litoral sergipano, como mostra um vídeo filmado por dois servidores da Petrobras na plataforma PCB-02. Elas estão em fase migratória e chegaram até as águas brasileiras para parir os filhotes e acasalarem. Apesar do fato chamar atenção, ele é mais comum do que pensamos, de acordo com a Fundação Mamíferos Aquáticos (FMA). Todos os anos, entre maio e dezembro, os mamíferos saem das ilhas subantárticas e vêm para o Brasil.

As baleias enfrentam uma maratona de mais de 3 mil quilômetros para chegarem as nossas águas quentes. Como são predominantemente migratórios, os mares brasileiros acabam se tornando um habitat natural para esses animais. O objetivo da vinda, para as as fêmeas prenhas, é ter seus filhotes em águas mais quentes e confortáveis. Já para as outras baleias adultas a ideia é acasalar e se reproduzir. O fato é explicado pelo veterinário da FMA Érico Demari: “As baleias se alimentam bastante em águas geladas, onde tem muito alimento, e ganham camadas de gordura para poderem migrar para cá. Algumas vêm em busca de água quente para ter e amamentar o filhote. Aqui ele também vai ganhar uma camada de gordura e ao fim da temporada todos voltam a migrar.”, explica.
As nossas águas quentinhas não são tão fartas em alimentos como as geladas. Por isso, aqui as baleias comem apenas quando têm oportunidade. “As baleias não saem atrás de alimentos. Elas acabam se alimentando de pequenos cardumes ocasionalmente e vão gastando a camada de gordura que ganharam nas ilhas. Mas eles são só petiscos comparado ao que elas conseguem comer em águas frias”, brinca o veterinário.
Quando chega os meses de novembro e dezembro, é hora de voltar para casa. “Por falta do alimento, alguns filhotes até ficam magros. Então eles voltam bem rápido para as ilhas”, explica Demari.
De acordo com o veterinário, um local em que se pode ver as baleias com mais intensidade é em Abrolhos, um arquipélago localizado no sul da Bahia.
A Petrobras patrocina desde 1996 o Projeto Baleia Jubarte e, segundo os pesquisadores, estima-se que a população desses animais esteja em torno de 17 mil.

Veja o Vídeo:

quarta-feira, 19 de julho de 2017

Petróleo no mar deixa peixes com síndrome de Dory


Estudo revela o efeito nefasto de pequenas quantidades de petróleo no sistema nervoso de espécies que vivem em corais – e a ameaça a todo o ecossistema.
FONTE: Shutterstock
Dory é aquela peixinha de “Procurando Nemo” que perde a memória a todo momento. Algo parecido está acontecendo com seis espécies de peixes que vivem na Grande Barreira de Corais, no Mar Vermelho, na Ásia e no Caribe. Uma pequena concentração de derivados de hidrocarbonetos – algo como um par de gotas em uma piscina – foi o bastante para que algumas espécies de peixes típicas de corais marinhos tivessem o desenvolvimento do sistema nervoso comprometido, passando a apresentar comportamento que contrariam o instinto de sobrevivência, como a dispersão dos cardumes, o deslocamento para mares abertos e a perda da capacidade de reconhecer predadores, como revela uma pesquisa divulgada hoje pela revista científica Nature Ecology & Evolution.
De acordo com o pesquisador australiano Jodie Rummer, da James Cook University, co-autor do estudo, a poluição nos arredores dos corais, especialmente por petróleo, tem de ser rapidamente interrompida, sob o risco de colocar os peixes sob forte ameaça e, consequentemente, todo o ecossistema de corais. “Os peixes de corais formam a base da cadeia alimentar de predadores maiores. Em menor quantidade, reduzem a capacidade de o ecossistema resistir e se recuperar a perturbações ambientais cada vez mais comuns, como a pesca predatória e o aquecimento dos oceanos”, afirmou.
“O petróleo é altamente tóxico ao ambiente marinho e prejudica diretamente os quatro primeiros estágios da vida dos peixes, o momento mais crítico de luta pela sobrevivência”, disse Rummer. Em outras palavras, significa que os peixes que nascem em águas com alguma concentração de petróleo são mais ‘abobados’, segundo Rummer, e tem uma chance menor se superar o período pós-eclosão, que inclui o período larval; a fase em que a espécie busca encontrar seu habitat adequado; o período em que aprendem a identificar e evitar predadores.
As pequenas concentrações de óleo usadas no estudo já são comuns em muitas regiões costeiras do planeta onde há perfurações para a exploração de petróleo. Mais de seis milhões de toneladas de derivados do petróleo já foram lançados no oceano este ano, resultado de processos industriais e de transporte e mais de 340 grandes acidentes com derramamento de petróleo aconteceram nos últimos 40 anos, o que significa cerca de 3.900 milhões de toneladas de petróleo bruto derramados no mar.  Mesmo assim, muitos governos ainda estimulam o aumento da atividade industrial nas proximidades dos habitats de recifes, vide o exemplo dos corais da Amazônia.
Os recém-descobertos corais da Amazônia, no encontro do Rio Amazonas com o mar, estão sob forte ameaça. Petrolíferas já têm processos de licenciamento avançados para instalar na região uma base para a exploração de petróleo. O recife de 9,5 mil quilômetros quadrados de formações, que incluem esponjas gigantes com mais de 2 metros de comprimento e algas calcárias pouco conhecidas, podem desaparecer antes de serem conhecidos.
Apenas nos últimos 35 anos o planeta perdeu cerca de 19% dos recifes de coral do mundo e mais 15% devem sumir nas próximas duas décadas. Ao lado da perda de biodiversidade tem-se também o prejuízo econômico e a ameaça a subsistência de 400 milhões de pessoas: o ecossistema fornece cerca de US$ 30 trilhões em receitas anuais que resultam da pesca e do turismo.
De acordo com a Unesco, países com áreas de recifes de corais deveriam se esforçar ainda mais para manter a temperatura abaixo de 1,5° Celsius, sob o risco de perder completamente o ecossistema. A medida se aplica ao Brasil, que na lista de patrimônios naturais mundiais tem o arquipélago de Fernando de Noronha e o Atol das Rocas. (LUCIANA VICÁRIA)

domingo, 16 de julho de 2017

Bom negócio sustentável


Verdadeiro ganho ocorre quando as empresas compreendem que ser sustentável é um diferencial.

POR O GLOBO

Escrito por: José Ricardo Roriz
DIVULGAÇÃO / PGLAS3R 



É comum a imagem de garrafas e outros objetos de plástico boiando em águas de paraísos ecológicos que, de outra maneira, seriam límpidas e cristalinas. Ao longo de décadas, o plástico se tornou um dos vilões preferenciais da proteção ao meio ambiente.
E não sem certa dose de razão. Boa parte das qualidades que apreciamos no plástico — como a leveza, resistência e durabilidade — faz dele, depois de descartado de maneira incorreta, uma ameaça em potencial à natureza.
A imagem tão repetida, no entanto, não reflete mais a realidade, pelo menos no que diz respeito aos setores mais conscientes. Já há algum tempo, desenvolvemos tecnologias que dão conta de reciclar os produtos, garantindo a sustentabilidade do negócio.
A verdade é que cuidar do meio ambiente, para os produtores de plástico, se tornou também um excelente negócio. O verdadeiro ganho ocorre quando as empresas compreendem que a sustentabilidade é um diferencial competitivo.
Várias iniciativas vêm sendo tomadas com esse objetivo. São ferramentas básicas a gestão de indicadores de ecoeficiência, que promove o uso racional dos insumos, e a análise de ciclo de vida do produto, que avalia seu impacto ambiental.
Mais recentemente, o setor desenvolveu o ecodesign de produtos, que os tornam amigáveis ao ambiente desde sua concepção. Somam-se a eles os bioplásticos, derivados de fontes renováveis, como a cana-de-açúcar. Além disso, investe na gestão do pós-consumo e na Economia Circular, que é baseada no princípio dos três R: redução, reúso e reciclagem.
Aproveitando a Ocean Conference, que ocorreu em Nova York entre 5 e 9 de junho, a Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) apresentou seu compromisso em estimular suas associadas a seguir uma filosofia de responsabilidade ambiental. Junto com a Exchange 4 Change Brasil, a Associação vai trabalhar o Programa de Economia Circular, que visa promover redes de negócios, identificar oportunidades ao longo da cadeia, fomentar parcerias e o uso do design no desenvolvimento de novos produtos. O programa também vai apresentar algumas ações já implementadas e seus impactos, com destaque para o envolvimento em iniciativas globais, como o Operation Clean Sweep — programa internacional que atua junto à indústria do plástico para evitar a presença de pellets (grânulos) de resina e outros elementos plásticos no ambiente marinho.
Especialmente no que se refere à preservação da vida marinha, a Abiplast atuará em conjunto com a Universidade de São Paulo no desenvolvimento de um amplo diagnóstico do estado de lixo marinho em torno da costa brasileira e programas educacionais.
Hoje, se me acusam de ecochato, respondo que a sustentabilidade é mesmo um saco — um saco de lixo reciclado.

José Ricardo Roriz é presidente da Abiplast e vice-presidente da Fiesp

quinta-feira, 13 de julho de 2017

MPF/SE ajuíza ações pela preservação da Praia do Saco

POR AJN1
Foto: ANJ1 / DIVULGAÇÃO

A Justiça Federal, após ações do Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE), estabeleceu restrições aos imóveis irregulares na Praia do Saco, no município de Estância. Com a decisão liminar, estão proibidos construção, melhoria, manutenção ou ampliação dos imóveis localizados em área de proteção permanente. Além disso, foi determinado que os proprietários cessem imediatamente o despejo de esgoto das edificações diretamente no solo.
Outrossim, a Justiça Federal também determinou a desocupação dos imóveis no prazo de 30 dias. No entanto, alguns réus já recorreram da decisão liminar e o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) suspendeu a ordem de desocupação. Todas as outras restrições foram mantidas.
O MPF/SE ajuizou as ações com base na legislação ambiental, que impede qualquer tipo de construção na faixa de areia da praia, numa distância de 100 metros da linha de preamar – a altura do terreno que o mar alcança na maré cheia. As ações também se fundamentam na proibição legal de construções em área de preservação permanente.
De acordo com perícias realizadas por especialistas do MPF, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Administração Estadual do Meio Ambiente (Adema), a área da Praia do Saco caracteriza um “ambiente de restinga, com dunas de médio e grande porte, com vegetação fixadora e típica de mangue, considerada de preservação permanente”.
Ainda de acordo com as análises técnicas, na região foram construídos bares e casas destinadas a veraneio, com aterramento e esgotamento de dejetos diretamente no solo, contaminando o lençol freático. Além disso, as construções irregulares impedem o acesso público à praia.
Demolição de imóveis
O pedido final das ações do MPF/SE é para a demolição dos imóveis construídos na faixa de praia e em área de preservação permanente, caso permaneçam degradando o meio ambiente. Até o momento, não foi determinada pela Justiça Federal a demolição de nenhuma edificação.
 Com informações do MPF

terça-feira, 11 de julho de 2017

Projeto EMANE: Oficina de Fotografia - Cidadania e Responsabilidade Ambiental


SERÃO 10 VAGAS;
INSCRIÇÕES (POR EMAIL) INICIAM EM 13 DE JULHO (A PARTIR DAS 00:01);
LISTA DE INSCRITOS SAIRÁ EM 14 DE JULHO (A PARTIR DAS 13:00).

PROGRAMAÇÃO: 

14h - Apresentação e debate sobre o tema
15h - Noções básicas de fotografia
16h - Prática fotográfica
17h - Análise das fotografias

18h - Encerramento

segunda-feira, 10 de julho de 2017

A poluição plástica chegou aonde ninguém pensava que chegaria


O Oceano Antártico é considerado uma região selvagem, quase "intocada", mas a ameaça plástica não encontra barreiras

Plásticos ameaçam vida marinha na Antártica. (Claire Waluda/Divulgação)

São Paulo – A poluição marinha por detritos plásticos parece não encontrar fronteiras. Nem mesmo os lugares considerados “intocados” estão a salvo. Um novo estudo divulgado por cientistas da Universidade de Hull e do Serviço Antártico Britânico (BAS, na sigla em inglês) revelou níveis de poluição por microplásticos no Oceano Antártico cinco vezes maiores do que se esperaria encontrar a partir de fontes locais, como estações de pesquisa e navios.
Representando 5,4% dos oceanos do mundo, o Oceano Antártico é considerado uma região selvagem, quase prístina, em comparação com outras regiões e, por isso, os cientistas pensavam que ele estaria relativamente livre desse tipo de poluição. Os resultados, publicados na revista científica Science of the Total Environment, levantam a possibilidade de que o plástico proveniente de fora da região seja capaz de atravessar a poderosa corrente circumpolar antártica, historicamente considerada impenetrável.
Os microplásticos são partículas com menos de 5 mm de diâmetro e estão presentes em muitos itens do dia a dia como creme dental, shampoo, gel de banho e roupas feitas de tecidos sintéticos a exemplo do poliéster. Segundo a pesquisa, uma única jaqueta de poliéster pode liberar mais de 1.900 fibras por lavagem.
Emaranhado de fibras plásticas encontrado no Oceano Antártico. (Catherine Waller/Divulgação)
Em geral, esses micropoluentes chegam aos oceanos através de águas residuais. Os sistemas convencionais de tratamento de esgoto simplesmente não dão conta de removê-los por completo. Eles também podem resultar da quebra de detritos plásticos maiores que flutuam pelo oceano sujeitos a degradação por radiação ultravioleta e decomposição.
Mais da metade das estações de pesquisa na Antártica não possuem sistemas de tratamento de águas residuais, conforme o estudo. Embarcações de pesca e turismo também contribuem para o problema. Estima-se que até meia tonelada de partículas microplásticas de produtos de cuidados pessoais e até 25,5 bilhões de fibras de roupas entram no Oceano Antártico por década como resultado dessas atividades combinadas.
A poluição oceânica por plástico tem consequências danosas para os animais. Muitos podem morrer asfixiados ou por ingestão de fragmentos maiores, ao passo que as micropartículas acabam se acumulando e contaminando a cadeia alimentar marinha. Os autores do estudo alertam para a necessidade de se reforçar as legislações marítimas na região e para um maior esforço internacional no monitoramento e controle da ameaça plástica nos oceanos.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

A nova ilha que apareceu do nada na costa dos EUA e se tornou atração turística - talvez por tempo limitado


A nova ilha na costa leste dos Estados Unidos tem até 1,6 km de extensão e e é separada por 20 m de mar - mas autoridades alertaram para perigos de travessia / @CHADONKA
Uma nova atração turística apareceu na costa leste dos Estados Unidos: Shelly Island, a "Ilha Conchuda", que, dependendo da maré e das condições climáticas, pode chegar a ter até 1,6 km de extensão e 145 m de largura.
Esse banco de areia, em formato de semicírculo, cresceu até se tornar uma ilha, separada do continente por um estreito de cerca 100 metros de comprimento por 20 de largura.
Ela fica ao sul de um popular ponto turístico do país, o Cape Point, do Parque Nacional Costeiro de Cabo Hatteras, na Carolina do Norte.
Quando foi vista pela primeira vez, em abril do ano passado, os locais a descreveram como um "monte de areia" saindo da água.
Mas, como explica Dave Hallac, diretor do Parque Nacional, da mesma maneira como apareceu de repente, a ilha pode "desaparecer por inteiro".

Atração

Fotos da ilha tiradas por Chad Koczera, um turista de Connecticut, viralizaram no Instagram.
"Minha namorada e eu estávamos dirigindo até o Cape Point para coletar caramujos depois de uma tempestade, quando vimos um banco de areia no meio do mar, onde não se podia chegar de carro", contou Koczera.
"Levei um drone e percebi, lá do alto, que havia realmente uma bela ilha ali. Mas não tivemos a oportunidade de chegar até ela por causa da forte correnteza."
O fotógrafo disse que voltou umas cinco vezes ao local - e foi ali que pediu sua namorada em casamento.
Shelly Island, rica em conhas e caramujos, é separada do continente por um estreito / @CHADONKA
Ilha temporária?
A ilha foi se formando pouco a pouco.
"Estava vendo algumas fotos aéreas de fevereiro e era possível ver que a ilha estava embaixo d'água. Agora há vários metros de solo sobre o mar", disse Hallac à rádio pública americana NPR.
O responsável pelo parque comentou que visitantes colocaram nela o nome provisório de Shelly Island, já que ela ainda não tem um nome oficial.
Há várias embarcações naufragadas e ossos de baleias nas águas em seus arredores, conta o historiador local Danny Couch.
No entanto, especialistas dizem que as margens dos bancos de areia ali estão mudando constantemente.
O diretor do parque advertiu aos visitantes que não tentem nadar ou cruzar o canal para chegar até a ilha. A correnteza pode arrastar rapidamente uma pessoa - além disso, foram vistos tubarões e arraias naquela região.
"É muito possível que Shelly Island cresça e se conecte com o continente. E é possível também que ela vá diminuindo até desaparecer por completo", afirmou Hallac à NPR.
"Sendo assim, sugiro que quem estiver perto, visite Cape Point o quanto antes para poder ver essa incrível formação", recomendou.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

VOCÊ SABIA?


É estimado que 95% dos animais marinhos sejam invertebrados (aqueles que não possuem coluna vertebral). Eles foram os primeiros animais a evoluírem na Terra e vivem em vários habitats. A Caravela-portuguesa, por exemplo, flutua na superfície dos oceanos por longas distâncias.
Além disso, muitos animais marinhos invertebrados apresentam conchas ou até mesmo carapaças externas (o que os protegem contra predadores), assim como o Caramujo-marinho.

Essas informações podem ser encontradas de forma mais detalhada no livro “OCEANOS: um mundo extraordinário visto de perto”.

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